quarta-feira, 14 de janeiro de 2009


Ensaio sobre a Cegueira (Blindness)

Na verdade, sobre o que escrever de “O Ensaio sobre a Cegueira”?
Acho melhor começar falando/escrevendo sobre o diretor Fernando Meirelles.
Fernando Meirelles hoje já conhecido no Brasil. Fez poucos filmes de pouco sucesso. Alguns deles talvez nunca falado ou conhecido por nós.
Mas depois de uma breve pesquisa sobre esta peça, Meirelles. Segue abaixo seus trabalhos realizados desde o ínicio.

Fernando Meirelles na verdade é formado em arquitetura, que se apaixonou pelo cinema e passou a dirigir programas independentes para TV nos anos 80 depois comerciais nos anos 90 e finalmente resolveu se dedicar a longas-metragens no século XXI.
Seus filmes são: O Menino Maluquinho 2 - A Aventura (1998), Domésticas (2000) e Cidade de Deus (2002). E este foi o seu reconhecimento cinematográfico no Brasil - nomeado para quatro Oscars, incluindo o de melhor diretor. Em Hollywood!

Confesso a vocês que relutei bastante a convites (do Josef), para ir ao cinema assistir um filme brasileiro [Cidade de Deus]. Pensei: “Nossa, pra que isso?... Não precisamos ir ao cinema assistir um filme brasileiro!.. Depois eles sempre acabam passando mesmo nas quartas-feiras em uma seleção de filmes brasileiros – Quarta-feira de filmes Festival Brasileiro.”.

Hoje posso confirmar, com certeza teria me arrependido de não ter visto Cidade de Deus no cinema. Assistí-lo em casa na TV Globo e ser crucificado de comerciais nada agradáveis de 10 em 10min. e poupado de cenas bem feitas e muito bem dirigidas, seria uma ofensa ao trabalho de Fernando Meirelles.
E como nossos cineastas não são valorizados ou pouco valorizados aqui no Brasil, este revolucionário do cinema brasileiro (na minha modesta opinião), foi valorizado por ninguém mais que, Hollywood!
E Meirelles por assim dizer, foi embora.

E mesmo estando fora de casa e ao mesmo tempo se sentindo em casa fazendo aquilo o que mais gosta, dirigiu o “O Jardineiro Fiel (2004)”, também indicado a quatro Oscars.
E sendo agora o seu último e quinto longa-metragem, “Blindness” – Ensaio sobre a Cegueira. Tema deste Blog.

Blindness – Ensaio sobre a Cegueira. Posso dizer que é um filme para se ter curiosidade em assisti-lo. Pois é um filme pensativo e inteligente sobre um tema pouco ou quase nada comentado. Pensar sobre o nosso dia-a-dia e estar sempre pronto para o pior. Porque eu acredito que o pior é ficar cego do que já nascer cego. O filme trata disso também, entre outros pontos negativos e positivos. Que prefiro não comentar!
O filme [Blindness] é um longa pasci ente e sem pressa para você poder entender bem os detalhes e ter suas próprias opiniões, que cresce a cada cena seguinte. E quando você está quase desistindo, talvez por não entender muito bem ou achar aquilo tudo meio sem nexo, chato ou talvez por não chamar a atenção. Ele te surpreende em alguns momentos e logo você começa a se perguntar: o que será que vai acontecer depois?!...
O elenco tem um ou que outro ator/atriz conhecido, mas mesmo assim não é desmerecedor.

Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Sandra Oh, Don McKellar, Maury Chaykin, Yusuke Yseya, Yoshino Kimura

A história não é muito diferente de outros filmes que tratam o tema vírus, é o que achamos, mas trata-se de algumas pessoas infectadas que acabam perdendo a visão. Mas o filme no ínicio começa a ficar interessante porque ao invés das pessoas ficarem a mercê de sombras quando ficam cegas, elas ficam num mundo com excesso de luz. Ou seja, só enxergam a cor branca sendo uma cegueira de cor branca. É quando o filme chega ao ponto chave. O vírus se espalha cada vez mais e as pessoas infectadas são postas em quarentena. E assim sucessivamente. E pra deixar ainda mais curioso, uma mulher não é infectada pelo então vírus. Ela talvez tenha uma certa imunidade que a própria desconhece.

O filme tem uma edição e continuidade espetacular. Com troca de tomadas sempre utilizando a cor e fundo branco de “White - in para White - out” e vice-versa. E o legal foi a realidade que Meirelles tenta nos passar, usando uma câmera como se nós fossemos os cegos tentando assistir um filme de cegos.

Sempre lembrando que gosto não se discute, prefiro ressaltar que o filme não é de ação e efeitos especiais como estamos acostumados a assistir. E sim um filme de se pensar no dia, hora, minuto e segundo seguinte. Porque as surpresas sendo elas boas ou ruins acontecem sem sermos pré-anunciados e muito menos pré-preparados.
Não digo que o filme seja o melhor de 2008, mas vale a pena conferir e talvez, quem sabe prestigiar dando crédito a nós mesmo brasileiros. – Fernando Meirelles.

Ah!... E se você perder a visão repentinamente arrume olhos nas costas. Pois a sua mulher, esposa ou namorada pode ter surpresas desagradáveis com você. (risos)

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