segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um homem se apaixona por uma prostituta, com quem se casa. Ao informar o cafetão dela e pegar suas coisas, ele acaba se envolvendo com traficantes de drogas ao pegar uma mala cheia de cocaína.

O jovem Clarence Worley (Christian Slater) conhece uma call-girl (prostituta), Alabama Whitman (Patricia Arquette), por quem acaba se apaixonando e se casando. Quando Clarence vai ao encontro de Drexl Spivey (Gary Oldman), o cafetão de Clarence, para pegar suas roupas e comunicar que agora ela está casada, um tiroteio se inicia. Na confusão ele pega uma mala cheia de cocaína, mas os donos da droga resolvem persegui-lo.

Amor à Queima-Roupa (True Romance)

Por mais que eu tente e às vezes até faça certa força, não consigo me cansar de escrever postando para vocês sobre “Assista antes de morrer...”, gosto muito desta categoria. Talvez, eu acho por querer que os cinéfilos vejam sempre o que há de bom para ser visto. Aproveitar tudo de bom que a vida nos oferece em todos os sentidos, incluindo, é claro, um ótimo filme. Este é o filme, [Amor à Queima-Roupa] é um dos meus preferidos em todos os aspectos. Sendo eles roteiro, atores e atuação, direção e história. A originalidade que se trata o filme é literalmente atual e verdadeira. Não que o filme seja uma história real. Mas qualquer um de nós pode sim torná-la real.

Não importa o tempo/anos que se passa, qualquer ser mortal pode vir a se encaixar perfeitamente ao filme. Quem acredita em amor à primeira vista?!
Pois bem, sendo assim, aqui segue uma receita básica com alguns efeitos colaterais. Basta apaixonar-se loucamente e cegamente, ter o sangue quente correndo nas veias para proteger a sua amada e ter um revolver C.38 cano curto na cintura por de baixo da camisa. Pronto! A história do filme passa a ser real em sua vida pacata.

Para fechar com chave de ouro quem assina tal roteiro é Quentin Tarantino. Tarantino é bem mais que roteirista e diretor. Com apenas quatro filmes (entre eles o insuperável Pulp Fiction) ele se tornou um mito entre os cineastas e uma referência obrigatória da cultura pop mundial. Seu universo de diálogos rápidos e raivosos, estética de quadrinhos e discussões sobre hambúrgueres e atores de cinema lançou um padrão muito pessoal, um espaço entre a filmografia de arte e a filmografia trash, seduzindo público e crítica. Tarantino escreve roteiros focando personagens, detalhes, coisas que são irrelevantes para a trama - mas que acrescentam um sabor todo especial no decorrer de seus filmes.

Amor à Queima-Roupa foi o primeiro roteiro de Tarantino, escrito em 1987 e vendido em 1990 por 50 mil dólares ao diretor Tony Scott (Inimigo do Estado, Chamas da Vingança e Déjá Vu), que dirigiu o filme em 1993. Tarantino tinha decidido usar esse dinheiro para filmar Cães de Aluguel em película de 16 mm, preto-e-branco, e com um elenco formado por amigos. Até que o ator Harvey Keitel (foto) leu o roteiro e ficou impressionado o suficiente para aceitar um dos papéis e ajudar a levantar financiamento para o filme. Sua estréia foi em 1992, no Festival de Cinema Independente de Sun dance. A consagração de Tarantino viria com Pulp Fiction, ganhando merecida mente o Palma de Ouro de Cannes e o Oscar de melhor Roteiro Original em 1994.
Então cinéfilos quem ainda não assistiu Amor à Queima-Roupa e é fã de Quentin Tarantino corra à locadora e apaixone-se. Mas livre antes do C.38! (risos)

Nenhum comentário: