quinta-feira, 29 de maio de 2008

Após uma enxurrada de adaptações vinda dos quadrinhos, iniciado por X-Men e depois Homem Aranha, Hulk e suas sequências, vimos a Marvel tomar conta do mercado de entretenimento com força e sem concorrentes, já que a muito não existia filmes do gênero.

Vimos os poderes mutantes nos deixando hipnotizados para que pudessemos ver o gigante esmeralda finalmente descansando em uma téia de aranha.

Analogias a parte, a verdade é que com a Marvel ninguém podia, ninguém era contra ela. Neste época os estúdios estavam aos cotovelaços tentando abraçar uma fatia deste bolo, que acabou (diga-se de passagem), já que a Marvel agora possui o proprio estúdio.

Pergunto... com todo esta movimentação onde estão os outros heróis?

Apesar de pioneira, a Warner fez um trabalho mediano com os heróis da DC Comics, e hoje vivem como ilustração de trabalhos medíocres da indústria. Afinal de contas, Bat-mamilos ninguém merece né.

Vendo a Marvel se alastrar feito vírus por todos os cinemas do mundo a DC Comics apertou a WB para dar um destino às franquias ou ela iria atrás de outro estúdio para trabalhar com seus personagens.



Em um ato quase que desesperado a WB fez o execrável
Catwoman, mulher gato que serviu única e xclusivamente para destruir o legado do personagem vivido tão bem pela sexy Michelle Pfeifer no cinema. A história de linhagem de mulheres gato mutantes (ou seria morta viva) não convenceu nem a própria atriz Halle Berry que recebeu o Framboesa de 2004 e como prenda escreveu 10 vezes em um quadro, "Nunca farei a continuação deste filme". Juntamente com este existia o projeto de reinventar outros personagens do universo DC.

Nascia assim Batman Begins, sob a batuta do competentíssimo Cristofer Nolan (Diretor do ótimo Amnésia) com a difícil missão de trazer de volta o morcegão da terra dos piadistas, o problema é que tinha vários impecílios no projeto. A idéia de que seria um recomeço, uma nova franquia, com tudo novo e plausível, sem armas com cano gigante ou carros que sobem prédios ou andam de lado para fugir de cargas explosivas. Batman sem Robin, tu está louco, disseram os mais nostalgicos. Quando apareceu o bat móvel então, meu deus, o filme estava fadado ao fracasso.
Todas as falsas premissas levantadas foram rebatidas com o lançamento do filme. Finalmente um filme a altura de um super herói que na sua essência é louco, louco mesmo. Afinal quem se vestiria de morcego para caçar bandidos na noite. Uma visão quase noir inspirada na HQ de Frank Miller Batman: ano um, sobre as decisões que fez com que Bruce Wayne se transforma-se no Homem Morcego. Um filme sério onde o intuito não era gerar gargalhadas ao úblico, mas sim mostrar como foi criado este personagem icônico no universo dos quadrinhos.

Gosto do universo do herói devido a sua aproximação com a realidade, ele não tem poderes mutantes, não tem superforça, e muito menos poderes nativos (Como teia de aranha) para que seja utilizado em possíveis embates. Ele é como a gente, ser humano normal, com seus problemas, e muito dinheiro, talvez este o único item que o distancie da grande maioria dos mortais. Após o seu sucesso vimos que possívelmente teriamos a possibilidade de vermos outros heróis no cinema além do ótimo universo Marvel.

Com o sucesso do morcegão foi dado início ao projeto do outro carro chefe da DC Comics, Superman. Este sim de difícil aceitação por ter sido imortalizado pelo finado Cristofer Reeve. E também por não ter sido tão ridicularizado quanto o morcegão. A fórmula parecia imbatível, vindo do sucesso do morcegão, com um personagem tão carismático quanto o Superman e na cadeira de diretor alguém muito experiente com o universo dos quadrinhos. Bryan Singer era o homem responsável pelo primeiro grande sucesso da Marvel ao levar os X-men ao cinema. Mas assim como a seleção brasileira aprendeu na copa de 2006, grupo de favoritos não vence jogo, e Bryan amargou a vergonha de ter tido não um, mas dois fracassos nas telonas. O primeiro pelo filme do Superman ter sido uma sequência, sim SEQUÊNCIA dos outros 4 filmes que muita gente nem se lembrava mais, novamente a idéia de continuar o que já estava pronto. Meu Deus, continuar uma história que fez sucesso em mil novecentos e guaraná com rolha nos dias de hoje, após Matrix, Senhor dos Anéis, tantas histórias da Marvel e até o prórpio Batman. E a segunda por ter deixado o projeto tão rentável e bom quanto os X-men nas mãos de Brett Ratner. Nós também sofremos com a escolha infeliz do Brian que teve dos projetos falidos nas costas, mesmo sem ter trabalhado em um deles. Uma Franquia que começou com o pé manco esquerdo, e a outra que encerrou um legado ignoravelmente mal. Na verdade esta é uma tendência cada vez mais comum, prova está com o Homem Aranha 3 que foi fraco com relação aos outros 2.

A indústria teve sangue novo com Iron Man, sem dúvida uma das melhores adaptações de HQ para o cinema, por abranger tanto os fãs, quanto a quem nunca ouviu falar no personagem, filme este que já foi comentado na coluna X-Ray.

Fica novamente para o Morcegão levar nas costas o legado da DC e tentar equilibrar a balança entre Marvel e DC Comics. Com tudo que teve de bom o primeiro somado a interpretação de Heath Ledger como Coringa que certamente deixará o caricato Jack Nicholson no esquecimento, mas isto é assunto para o X-Ray.

Para apimentar a espera, deixo com vocês o trailer da produção que estréia no dia 18 de Julho por aqui.


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