Última Parada – 174

Nos últimos dias tenho procurado um filme descente para ver, mas infelizmente a mão estava braba, entre Skinwalkers, Against the Dark e 2012 – O Fim do mundo, valia mais a pena ver novela do que um filme. Como bom cinéfilo não desiste resolvi dar a oportunidade para ver a produção brasileira que dá título ao post.

O filme conta a história de Sandro do Nascimento que sequestrou o ônibus da linha 174 do RJ e acabou matando uma das reféns chocando o Brasil e o mundo, gerando diversos programas tentando identificar o que havia saido errado naquele episódio fatídico.

Não cabe ao Cine:Phobia tomar partido aqui, e aqui é espaço para falarmos do filme, mas opiniões a parte o que a produção conta é que todos podemos começar de um jeito e acabar de outro. Assim como Um Dia de Fúria (Falling Down de Joel Schumacher, 1993) com Michael Douglas mostra um pai de família que surta diante de seus problemas e parte em uma cruzada para encontrar a sua filha que mora com a ex mulher.

Neste Bruno Barreto consegue colocar a realidade na nossa cara, sem panos quentes, mostrando o que pode levar uma criança a virar um deliquente ou bandido como os que temos hoje e, por que não, de certa forma entender o que pode gerar tais criaturas no nosso meio, vitória para ele que triunfa diante de todos, sendo este um sucessor a altura de Cidade de Deus e Tropa de Elite com o tema sério e que é uma ferida aberta no Brasil. Ponto alto também para o fato de ter a participação especial de Douglas Silva (Zé Pequeno na infância) como uma das vítimas da Chacina da Candelária e André Ramiro (O Matias do Tropa de Elite) criando uma espécie de fusão nas histórias dos principais filmes nacionais da atualidade.

Mas aviso aos mais sensíveis que o filme é forte, violento, sem escrúpulos e sujo… como tudo que vimos e acompanhamos todos os dias nos jornais de nossas cidades. Mas é simplesmente indispensável velo, assim como foi indispensável ver Cidade de Deus e Tropa de Elite.