O Contador de Histórias
(O Contador de Histórias de Luiz Villaça, 2009)
O Cinema Brasileiro nos últimos anos evoluiu muito, dos primórdios das pornochanchadas até os dias de hoje, muita coisa mudou, e na minha opinião é que ao contrário da TV que você sempre vê as mesmas caras nos mesmo papéis interpretando os mesmos dramas, no cinema só vemos caras novas e talentosas. O Brasil finalmente está com portas abertas para o mundo internacional, com aparições em filmes Blockbusters e jogos de renome, finalmente podemos dizer que o Brasil faz parte da grande e bela 7ª Arte. Dito isso vamos a sinópse.
Baseado em fatos reais. Belo Horizonte, fim da década de 70. Aos 6 anos, Roberto Carlos Ramos já demonstra enorme talento para contar histórias. Caçula de dez irmãos e morador de favela, é o escolhido por sua mãe para ir viver numa nova instituição anunciada pelo governo como uma oportunidade para aqueles que viviam na pobreza.
Na minha opinião o filme saiu um pouco tardiu já que é uma crítica direta a solução proposta pelo governo no final da década de 70 onde jovens que não tinham oportunidades no futuro por virem de famílias humíldes, entrariam pobres e saíriam doutores. Estamos falando da FEBEM que para muitos jovens hoje se chama FASE, ou seja, podem perder a referência com a realidade.
Outro ponto negativo é que pelo trailer você pode ter a impressão que o filme sera narrado por uma criança que vê o mundo de maneira diferente, não é bem assim que funciona, já que a incursão nos sonhos do garoto proposta no trailer acontece umas 3 vezes em todo o filme.
E como não poderia deixar de ser, novamente temos um filme sobre marginalidade e criminalidade no Brasil, já não bastasse Tropa de Elite, Cidade de Deus, ônibus 174, Salve Geral para mostrar que sim, o Brasil tem sérios problemas com a violência.
Você deve estar se perguntando por que ver esse filme afinal, simples, o filme consegue apesar das falhas emocionar contando a história não do garoto, mas sim de uma Francesa que vem de tão longe para ver algo que nós tão perto não conseguimos enxergar, que uma criança de 13 anos não pode ter o seu futuro perdido por causa de burocracias, falta de vontade de ajudar. Um País com P maiúsculo, que de tão rico certas pessoas podem andar com dinheiro até nas meias, ainda tenha escolas em containers, crianças que não podem ir a aula por causa de transporte, Sistema de Saúde falído… no final das contas vimos que a crítica é para o Brasil!
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